domingo, 13 de outubro de 2013

Cantigas da ceifa






Cantigas da ceifa

I
Ceifeiros que andais á calma
Há calma ceifando o pão
Ceifai as penas da minha alma
Ceifai-as e levai-as no coração

II
Ceifeiro que andais á calma
Há calma ceifando o trigo
Ceifai as penas da minha alma
Ceifai-as e levas contigo

III
Por cima se ceifa o pão
Por baixo fica o restolho
Menina não se namore
Do rapaz que lhe pisca o olho

IV
A minha foice está velhinha
Já não se rala de nada
Ceifa o trigo e o centeio
E também ceifa a cevada
  
V
Minha foice está gasta
Por tanto trabalhar
Agora ela e eu, velhinhos
Estamos a descansar



FIM

Poemas sobre a Serra de Malcata


Poemas sobre a Serra de Malcata

I
Ó linda serra
Da terra donde eu nasci
Quanto mais os anos passam
Mais eu gosto de ti

II
Encontro-te sempre bela
Não posso dizer que não
É a tua singela beleza
Que alegra o meu coração

III
Ó serra tu és tão linda
Como tu não há igual
És a serra mais bonita
Do nosso lindo Portugal

IV
Esta beleza
Não se pode perder
Que deus te proteja
Não te deixe arder


V
Se os homens do mundo
Te quiserem trair
Que deus os castigue
Não os deixe agir

VI
A Serra de Malcata
Tem muito para nos dizer
Quanto mais a conhecemos
Mais nos dá prazer

VII
Aquele ar puro
Que entra nos pulmões
Vai durar muito tempo
Dentro dos nossos corações

VIII
No alto da serra
É o paraíso encantado
A carqueja tem a seu lado
O rosmano perfumado
Que é o seu namorado



IX
No mês de maio
Quando esta em flor
O rosmano perfumado
Fornece um grande amor

X
Se são namorados
Aproveitem este mês
Para verem a beleza
Que a natureza fez

XI
Não fiquem sem subir
Em cima do miradouro
Vai guardar no coração
Um grande tesouro

XII
Sobe, sobe
Não deixes de subir
Quando chegares ao cimo
Os teus olhos vão sorrir




XIII
A mais de mil metros de altura
Estas mais perto do céu
 Quem te visitar no verão
Traga boné ou chapéu